Crise sanitária leva casais a não se encontrar por três meses

Estudante de cursinho se afastou de namorado para preservar a saúde de sua família durante a pandemia
por
Tiago Herani Oliveira
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07/05/2021 - 12h

Melissa Zanca, 18, já estava em um relacionamento há um ano e cinco meses quando a quarentena começou e relembra “quando a situação da pandemia piorou, a gente parou de se ver para preservar a saúde das nossas famílias”.  Ela diz nunca ter ficado tanto tempo longe de seu namorado, foram 90 dias no total, e revela que a internet teve papel crucial para driblar a saudade. “Nos aproximamos mais nesse período, por ficarmos sempre em casa, conseguíamos conversar o dia todo pela internet”, e completa “antes da pandemia, nossos dias eram mais corridos e só conversávamos direito nos fins de semana”.  

Ela conta que uma forma para ultrapassar dificuldades  é “compartilhar a rotina com o outro, pois faz seu parceiro se sentir parte dos seus dias, mesmo à distância”. 

Melissa e seu namorado Vinícius
Melissa e seu namorado Vinícius

Gabriel de Oliveira, 18, também revela um desfecho positivo, mesmo vindo de uma realidade diferente: “Começamos a namorar em março de 2020 e, quando a pandemia chegou em nossa cidade, Cuiabá, ficamos muito assustados, mas tínhamos certeza de que continuaríamos juntos.”

Ele conta que por passar mais tempo a sós, a quarentena fortaleceu o seu relacionamento e melhorou a convivência com sua namorada, “o nível de intimidade que temos hoje surgiu nesse período, por termos passado tanto tempo confinados juntos”, mas pondera: “Fomos privados de outras experiências, como conhecer lugares juntos e fazer novas amizades, que são coisas que temos como meta para realizar quando acabar a pandemia.”  

Segundo Oliveira, casais devem enxergar esse período conturbado como uma oportunidade para conhecer melhor seu parceiro, assim como seus medos e gostos. Além, é claro, de desfrutarem de momentos preciosos um com o outro. 

Gabriel e sua namorada Anna
Gabriel e sua namorada Anna

 

 

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