João Pedro Vidal, 19, estudante de direito na UNESP, namora há seis meses com Isabela e ambos mudaram radicalmente seus comportamentos por conta da pandemia. “Ela gosta muito de sair para comer ou para assistir um filme, mas com a pandemia nossas idas ao cinema viraram streamings e aos restaurantes Ifood.”
“Tem um pouco da questão do tédio com os encontros sendo em casa e a solução, na maioria das vezes, está sendo cozinhar, seja um doce ou um bolo. O problema maior é que estamos engordando!”, e ele explica a indecisão de ambos na hora de escolher outras atividades a serem feitas, porém revela que a palavra final costuma ser dele ao dizer um belo “sim senhora” logo após a decisão da Isabela.
“A coisa do virtual na nossa relação afetou muito porque para poder acompanhar minha namorada tive que entrar no mundo das redes sociais, do Twitter, do TikTok.”
Bruna Damin, 19, estudante de jornalismo na PUC-SP, namora há um ano e quatro meses com seu namorado, Renzo, e conta que, apesar da pandemia, os encontros ainda têm a frequência de sempre, com eles se vendo nos finais de semana.“A quarentena nos afetou bastante já que éramos ‘baladeiros’, porém também começamos a ir mais na casa um do outro para assistir a filmes ou séries juntos.”
“Nós temos bastante dificuldade em ser produtivos juntos na quarentena e, normalmente, a gente nem sai do quarto e nos rendemos ao tédio.” Além do desabafo, ela explica que quando estão mais dispostos revezam a escolha da atividade para evitar conflitos.
“O fato de boa parte da nossa interação ter se tornado virtual afetou bastante no começo da pandemia.”, contudo, Bruna acredita que se tratava dos efeitos de um outro assunto que vinha perdurando há algum tempo, e, no final, acabou sendo bom para a convivência do casal.