Por Lucca Andreoli
Um menino alegre, brincalhão e esperto. Heitor é pequeno. Muito menor que a maior parte dos meninos na sua idade. Tem cinco anos agora, mas por seu tamanho, seria facilmente confundido com alguém de dois ou três anos de idade. Essa é uma característica que sua síndrome apresenta. Ele tem Cri-Du-Chat, o que explica sua dificuldade de falar e seus movimentos destoantes.
Uma das preocupações que acometeram sua família a seu respeito, em especial sua mãe, Lilian, é o aprendizado que ele deveria receber, e quais tratamentos se mostrariam eficazes e importantes para uma melhor adaptação de seu filho na sociedade. Felizmente, hoje sabe-se muito mais, e pode-se tratar muito melhor pessoas com tal síndrome. Entre seus aliados nessa luta, a tecnologia é um de seus mais valiosos. Como fora dito anteriormente, tem dificuldade na fala, mas não pense que não sabe se comunicar e que não entende as coisas a seu redor. Desde muito cedo, demonstra ter uma memória magnífica, e isso se deve em grande parte pela presença dessa tecnologia.
O uso de tablets e smartphones tem papel fundamental na fixação de informações e na complementação da dinâmica e da mecânica. Para sua comunicação, são fundamentais, visto que as imagens e as cores têm o grande poder de mantê-lo focado enquanto aprende, algo que é difícil de realizar sem a presença das telas.
Assistir animações infantis e vídeos na Internet, é um hábito que sempre teve. Antes, quando queria assistir algo, costumava pedir que alguém colocasse para ele. Não precisava ser alguém conhecido, qualquer um que estivesse próximo e pudesse ajudar era bem-vindo. Surpreendentemente, hoje raramente pede ajuda para isso. Descobriu a senha do celular de sua mãe e costumeiramente o pega escondido para assistir o que deseja. Não sabe ler ou escrever ainda, mas isso não o impede de chegar aonde quer.
Jogos também são grande estímulo para ele. Como são em sua grande maioria, jogos que exigem atividade motora, são bastante benéficos para ele, e divertidos também, visto que sempre se diverte com eles. Para quem tem essa síndrome, o tratamento é individualizado, variando de paciente para paciente. No caso do Heitor, ou “pequeno príncipe” como é chamado por sua semelhança com o personagem, foi necessário passar por fisioterapia. Esse processo contou com a presença de diversos aparelhos técnicos, que, por mais que não gostasse na época, hoje com o resultado, pode ser visto grande avanço e melhora em praticamente todos os aspectos.