Por Vitor Simas Ribeiro Costa
Uma pesquisa realizada pela na Universidade Milano-Bicocca na Itália revela que beber cerveja pode reduzir o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como demência e Alzheimer ao longo da vida. Segundo o estudo publicado na revista ACS Chemical Neuroscience no final de outubro, um componente por trás do amargor dessas bebidas impede a aglutinação de proteínas ligadas ao Alzheimer. A doença começa quando o acúmulo de proteínas anormais causa a morte de células nervosas no cérebro humano.
O componente responsável por impedir que isso aconteça está nos extratos de flores de lúpulo, presente na grande maioria das cervejas. Essas plantas têm antioxidantes naturais que podem proteger as células do corpo, ajudando na redução de aglomerados tóxicos que poderiam ser marcadores do desenvolvimento de Alzheimer
Isso quer dizer que devemos promover o consumo de cerveja?
Deve forma alguma. O estudo não afirmou que o consumo de cerveja ajuda na prevenção do Alzheimer, o estudou testou o efeito do lúpulo – que é um componente da cerveja, porém in vitro, usando uma espécie de verme chamado C. Elegans. Aponta a cientista Gabriela Bailas em análise feita em seu próprio Instagram. Ou seja, a cerveja não está diretamente ligada na prevenção de nenhuma doença neurodegenerativa, aliás o teor alcoólico presente na bebida faz com tenham mais malefícios do que benefícios à saúde. O consumo excessivo leva a reduções significativas no rendimento cerebral. As descobertas não sugerem que o consumo de cerveja deve aumentar, mas que extratos da planta podem entrar em outros alimentos para reduzir o risco de doenças neurodegenerativas.