Com duas décadas de dedicação ao esporte, Luciano Franco é muito mais do que um treinador de futsal. Aos 41 anos, ele vive uma rotina intensa e gratificante no CT Falcão 12, onde, todos os dias, contribui para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, não apenas como atletas, mas como seres humanos. Começou sua carreira aos 19 anos e, desde então, tem acumulado experiências que o transformaram profundamente. “Ao longo dos anos eu mais aprendi do que ensinei. O sentimento é de gratidão. Sinto que nasci para isso”, confessa com um sorriso no rosto.
Para Luciano, o esporte tem um papel fundamental na formação das crianças. Ele acredita que, por meio da prática esportiva, elas desenvolvem disciplina, atenção, concentração e habilidades motoras. Além disso, ressalta a importância das relações interpessoais. “Uma criança que pratica esporte tem mais confiança, faz amizades com mais facilidade e isso segue pra vida toda”, destaca. Mais do que formar jogadores, Luciano se vê como um facilitador de crescimento pessoal, alguém que planta sementes para o futuro.
Sua visão sobre o esporte vai além das quatro linhas da quadra. Ele vê no jogo uma metáfora da vida. “O esporte, seja ele qual for, é um jogo de escolhas e tomada de decisões. Meu papel como professor é fazer com que os alunos tomem as melhores decisões dentro do jogo, com treinamentos que simulam situações reais. Acredito que a vida é assim também, feita de escolhas, e o esporte pode ajudar a escolher o melhor caminho.”
A rotina de Luciano é puxada e começa antes mesmo da semana iniciar. Aos domingos, ele dedica parte do seu dia ao planejamento das aulas para toda a semana. Sua jornada começa cedo: às 7h30 já está de pé, e às 8h20 chega ao clube. As aulas da manhã acontecem das 9h às 13h, divididas por faixa etária, turmas de 6 a 13 anos. Cada aula tem duração de uma hora e, embora os objetivos sejam os mesmos para todos, ele adapta o nível de dificuldade conforme a idade.
À tarde, volta para casa para almoçar e acompanha o filho de 16 anos em seus treinos de futebol nas segundas e quartas. Luciano revela que tentou trabalhar na escola onde o filho treina, mas a agenda não permitiu. E a rotina não para: à noite, ele retorna ao CT para mais três turmas de futsal, das 18h às 21h. “É uma rotina maluca, mas a gente se acostuma”, brinca.
Luciano não mede esforços para entregar o melhor para seus alunos. Trabalha com amor, carinho e paciência. Não se gaba de títulos ou medalhas, sua maior conquista é o vínculo construído com os alunos e suas famílias.