Na partida do domingo (5), o Botafogo recebeu o Bahia no estádio Nilton Santos, pela quinta rodada do Brasileirão. Após a sequência de vitórias do Glorioso nos últimos três jogos, o time foi derrotado por 2 a 1, perdendo a liderança do campeonato. Já o time baiano, com a vitória do jogo, assume vice-liderança no campeonato.
O primeiro tempo começou calmo e com aberturas para ambos os times. Em busca pelo primeiro gol, a equipe carioca perdeu diversas chances por cobranças de escanteio, como o de Lucas Halter, de cabeça do meio da área com assistência de Jeffinho, e também diversos impedimentos, como quando Damián Suárez tentou um passe em profundidade que encontrou Júnior Santos em posição irregular ou Marlon Freitas que tentou um passe em profundidade e encontrou Jefferson Savarino em posição irregular.
O “esquadrão de aço” não ficou para trás, apesar das diversas tentativas e oportunidades perdidas de Everaldo, como em uma finalização com o pé direito de muito perto, o jogador, não deixou a desejar após tomar vantagem da partida aos 43 minutos. Com um pênalti cometido pelo jogador botafoguense Hugo, com mão na bola dentro da área, Everaldo converteu o pênalti, dando o primeiro gol do jogo para o time baiano.
O segundo tempo começou com o Botafogo pressionando o time do Bahia, o que teve resultado, já que aos dois minutos Júnior Santos marcou um gol para a equipe do Rio de Janeiro em lançamento de Marlon Santos pelo lado direito, porém o assistente marcou impedimento e o VAR somente confirmou a decisão. Segundo gol anulado da equipe carioca.
O Botafogo manteve o desempenho positivo, muito por conta da saída do meio-campista Everton Ribeiro, – que foi substituído por Rezende pelo – o que permitiu que a equipe alvinegra pressionasse ainda mais o Bahia, que perdeu o controle do meio de campo. Foi assim que, aos 18 minutos, Óscar Romero finalizou para defesa de Marcos Felipe. No rebote, Marlon Freitas chutou e, em desvio, a bola sobrou para Jeffinho dominar e empatar o confronto.
A partida continuou da mesma forma, com o alvinegro tendo as melhores chances. Porém, novamente por conta de substituições, o jogo mudou. Em decisão contestada, Artur Jorge decidiu tirar o zagueiro Damián Suárez para a entrada de Alexsander Barboza, que é zagueiro de origem, mas atuou como atacante, o que expôs a equipe. Enquanto isso, Rogério Ceni colocou Carlos de Pena e Rafael Ratão no jogo, decisão que teve um resultado positivo, já que aos 40 minutos, o uruguaio lançou em profundidade para o atacante, que arrancou, driblou o goleiro e marcou o gol do triunfo tricolor.
O treinador do Glorioso, Artur Jorge, lamentou em coletiva pós jogo, sobre o desempenho de seus comandados, demonstrando insatisfação: “O que nos avalia é essencialmente o resultado, que não era o que queríamos e esperávamos. Temos que dar mérito ao adversário, que é uma boa equipe e individualmente tem bons jogadores. Mas não acabamos por não ter a superioridade ao adversário naquilo que foi essencialmente a conclusão das jogadas”.
O treinador finalizou sua fala mostrando insatisfação e desagrado em relação ao gol anulado do atacante Júnior Santos. “Tivemos oportunidades, criamos, fizemos três gols, sendo que só um contou. Fica para vocês avaliarem da sua justiça quanto à invalidação. A partir daí o resultado não nos agrada de todo e por isso ficamos insatisfeitos com aquilo que produzimos”, concluiu.
Do lado do Bahia, Rogério Ceni elogiou e valorizou as opções que a equipe possui no ataque: "Desde a chegada do Oscar Estupiñán nós temos seis jogadores para a função. É difícil colocar todo mundo para jogar. Hoje ele ficou fora e Ratão, Ademir e Biel entraram. Não tem como usar todos. Temos que tentar valorizar aqueles que começam, aqueles que entram e não se apegar a quem ficou fora. Alguém vai ficar de fora, não tem como colocar todos. E eu lamento”, afirmou.
Ao ser perguntado sobre a pressão que vem enfrentando sob o comando da equipe, o técnico ainda lembrou das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. "É triste. Isso aqui é muito pouco perto do que as pessoas estão passando. Isso é pressão na vida. Perder sua casa, sua família. É triste. É uma reflexão. Tudo tem seu momento. É muito triste a gente falar de futebol vendo tanta gente passar por essa situação. Acho que temos 26 ou 27 jogos, com 20 vitórias no ano. Perdemos a final do estadual e isso gera uma pressão, mas a pressão da vida, essa é a parte mais triste. Pressão é morar embaixo da arquibancada, é perder a vida. Aqui é esporte, é entretenimento", concluiu.