Na manhã de terça-feira (08), Colômbia e Jamaica se enfrentaram pelas oitavas de final da Copa do Mundo Feminina de 2023. As sul-americanas venceram pelo placar de 1 a 0, a experiente Catalina Usme balançou as redes e foi responsável pelo primeiro e único gol sofrido pelas jamaicanas nesta Copa.
Cerca de 27 mil torcedores estiveram no Melbourne Rectangular Stadium para apreciar a primeira seleção da América do Sul a chegar as quartas de final além do Brasil, desde a Copa do Mundo 2011. Também foi a primeira vez que a competição ficou sem um representante da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) nessa etapa do campeonato.
Timidez e ansiedade podem resumir o confronto. Com a bola rolando, a Jamaica adotou uma postura diferente das outras partidas na competição até aqui: não manteve suas linhas defensivas baixas e compactadas. A seleção caribenha tentou trocar passes e buscou ter a bola para evoluir ao ataque. Do outro lado, a Colômbia pressionou a saída de bola para impedir as tentativas de ligação direta das adversárias.
Até a metade do primeiro tempo, o jogo não teve ritmo e foi marcado por paralisações com faltas e atendimentos médicos, além de diversos erros de passes. Foram poucas chances criadas de ambos os lados, as equipes não conseguiram ser efetivas e mostravam sentir o peso da partida.
No segundo tempo, apenas cinco minutos foram necessários para a Colômbia converter a melhor chance construída. A lateral-esquerda, Ana Guzman, tabelou com Leicy Santos e alçou a bola na área para encontrar Usme sozinha, nas costas da defesa jamaica. A atacante dominou e finalizou na saída da goleira Spencer para abrir o placar, 1 a 0.
Após o gol, as equipes aceleraram e criaram algumas chances, mas sem efeito. Na metade da etapa final, as paralisações voltaram a atrapalhar o andamento do jogo e tentativas claras de gol só foram aparecer nos dez minutos finais, com uma chance para cada lado.
As Cafeteras melhoraram no jogo quando se beneficiaram das inversões de lado, atacando sempre o espaço nas costas da defesa. A Colômbia buscou progredir de pé em pé, trocando passes com calam e acelerando quando recuperava a posse. Depois de abrir o placar, a seleção colombiana foi mais cautelosa e jogou pelos comtra-ataques.
A Jamaica, que jogou uma eliminatória de Copa do Mundo pela primeira vez, não levou tanto perigo a defesa adversária. Por outro lado, conseguiu neutralizar a velocidade que as colombianas vinham apresentando nos outros confrontos. Após o gol, na tentativa de empatar, as jamaicanas priorizaram a posse de bola e o perde-pressiona. No entanto, falharam na aproximação já que o repertório ofensivo insistia em lançar bolas para Shaw, com sua qualidade técnica e física, comandar sozinha o ataque, sem variações.
Catalina Usme ficou com o destaque da partida. A camisa 11 é a maior artilheira da história da Colômbia com 52 gols. Se a seleção colombiana precisou do brilho individual para vencer, ela foi decisiva. Do outro lado, Khadija Shaw tentou como pôde, e carrega um peso semelhante de artilheira, com 55 gols pela Jamaica.
Las Cafeteras voltam à campo pelas quartas de final contra a Inglaterra, no sábado (12), às 7h30 (horário de Brasília). As Colombianas, que já estão na história do país, tentam uma classificação inédita para as semifinais contra uma das seleções candidatas ao título.