Nos últimos dois fins de semana, a 22a edição do festival Coachella trouxe cor e música aos desertos da Califórnia. Este ano contou com apresentações de Bad Bunny, BLACKPINK, Rosalía, Frank Ocean e trouxe diversas surpresas como Blink-182 e participações de The Weeknd, Sia, Billie Eilish e Zendaya.
O festival que reúne os amantes de música com as pessoas mais influentes dos Estados Unidos e do mundo não fez diferente neste ano. Em meio a diversos artistas encontrados nas plateias dos shows como Justin Bieber, Kate Hudson e Kendall Jenner (com Bad Bunny), tivemos também o "comeback" do casal que dominou o Billboard Hot 100 por 37 semanas com a música "Señorita", Camila Cabello e Shawn Mendes.
Esta edição não decepcionou no quesito da representatividade. Além de Becky G homenagear Selena - precursora da música latina nos EUA - com um medley de suas canções e a banda indie Boygenius protestar contra a violência armada e leis anti-transgênero que estão se espalhando pelos EUA, o Coachella também contou com dois headliners que fizeram história: Bad Bunny, como o primeiro artista latino a ocupar esse posto, e BLACKPINK, como a primeira banda de K-POP a fazer o mesmo.
Mas, boas notícias não poderiam vir sem polêmicas. Durante a apresentação de Bad Bunny na primeira semana do festival, o telão exibiu um tweet que dizia em espanhol: “Boa noite, Benito poderia fazer ‘As It Was’, mas Harry nunca poderia fazer ‘El Apagon’”. Após uma grande repercussão pelos fãs sobre a considerada indireta ao cantor Harry Styles, a assessoria de Bad Bunny fez uma declaração que não trouxe muita justificativa: "A solicitação do artista durante os visuais da performance de ‘El Apagón’ foi usar apenas a imagem e não o texto do tuíte que nos responsabilizamos e corrigimos para a performance [da próxima] sexta-feira. Esses visuais são uma celebração de Bad Bunny e sua dedicação em fortalecer sua ilha natal, Porto Rico”. O cantor, porém, fez um tuíte com a mesma imagem se desculpando para Harry pelo erro.
Outro imprevisto ocorreu quando Frank Ocean, depois de sugerir que um novo álbum está a caminho na sua apresentação do primeiro dia, teve uma lesão na perna e precisou ser substituído no segundo fim de semana pela banda que era apenas convidada surpresa, Blink-182. Mas quem acabou fechando a noite para preencher o tempo de Frank foi Skrillex que, com um diferente setlist e jogo de "beat drop" contendo músicas como "Love Story" de Taylor Swift e "Call Me Maybe" de Carly Rae Jepsen, fez a plateia ir a loucura e se esquecerem da ausência de Frank.
O DJ, afinal, já está acostumado a lidar com os imprevistos de outros artistas e aproveitar a oportunidade da melhor maneira. No Lollapalooza Brasil deste ano, por exemplo, Skrillex substitiu o artista Drake com sucesso ao apresentar set um com músicas brasileiras e com suas faixas mais famosas. O festival no Brasil contou com vários cancelamentos pouco esclarecidos de artistas que acabaram se apresentando no Coachella, como Blink-182, Dominic Fike e Willow.
O inesperado, porém, não age sempre como inimigo. Participações surpresas fizeram barulho nos dois fins de semana do Coachella. Metro Boomin trouxe Future e The Weekend, que quase se queimou com efeitos pirotécnicos e teve sua mão "Lost in the Fire", após apresentar seis das suas mais populares músicas. Mas quem realmente roubou a cena foi Labrinth, que não se contentou em trazer apenas grandes nomes da música como Sia (com sua dançarina de longa data Maddie Ziegler) e Billie Eilish, mas também trouxe Zendaya - a atriz ganhadora de Emmys - para dar um "Replay" na sua carreira de cantora, fazendo sua primeira performance em 8 anos. A ex-estrela da Disney cantou as músicas temas da sua série "Euphoria": "I'm Tired" e "All of Us".