Ciclismo urbano em São Paulo ganha mais adeptos

No meio da maior metrópole da América Latina, as bicicletas se demonstram presente no capital paulista.
por
Bruno Lower Scaciotti
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20/05/2022 - 12h

Por Bruno Lower Scaciotti

A cidade de São Paulo se tornou conhecida por ser uma das principais metrópoles brasileiras pela mobilidade urbana. Dentre elas, diversos meios de transportes servem como um meio de locomoção em meio a uma metrópole que vive em meio ao caos e do intenso processo de expansão de edifícios que ocupam a maior capital da América Latina.

Em meios a carros, motos, trens e ônibus, as bicicletas se tornaram um dos principais pontos da cidade e assuntos nas reuniões de líderes de governo do estado. Sendo assim, com diversos projetos de leis criados nos últimos anos, as bicicletas se tornaram um dos principais meios de transporte na capital paulista.

Dessa forma, em 1976, durante o mandato de Olavo Setúbal na prefeitura de São Paulo que nasce a primeira ciclovia. Localizada na Avenida Juscelino Kubitschek, que também foi inaugurada junto à pista. A faixa tinha 1.800 metros e foi pioneira na cidade. Entretanto, em 1988 Jânio Quadros proíbe a prática de bicicletas e skate, construindo um túnel sob o rio Pinheiros, que por falta de verba, apenas teve sua obras finalizadas em 1996.

Entretanto, essa proibição de Jânio Quadros se mantém até o ano seguinte. Quando em 1989, Luiza Erundina foi eleita prefeita da capital paulista e assim liberou o uso de skate e bicicletas em São Paulo em seus primeiros dias de mandato.

A partir dessa liberação das práticas de bicicletas e skates pela capital paulista, se torna mais viável o retorno de ciclovias à cidade de São Paulo como um projeto de Lei, mesmo que ainda houvesse repressão por uma pequena parcela da população. Entretanto, grupos de ciclistas como Night Bikers Clube do Brasil, fundado por Renata Falzoni em 1979, que ocorreram expansões e se tornaram uma rotina na vida dos paulistanos que utilizam as bicicletas como lazer e esporte.

Logo, a partir da década de 90, as ciclofaixas se tornam leis obrigatórias com promessas e entregas de longas pistas por vias e viadutos da capital paulista, sendo a principal delas, mais conhecida e recente, foi a de Fernando Haddad, que no final de seu mandato na prefeitura de São Paulo, entregou 400km de ciclovias, além de liberar a entrada do meio de transporte em ônibus, metrô e trens.

Em contrapartida, o estudante de história e idealizador do projeto “Pedale-se”, Rogério Rai, traz uma provocação sobre a presença das ciclovias em São Paulo. “Eu acho que a gente pode fazer é um amparado de coisas. O que se foi feito, foi ciclovias para a região central e isso não aconteceu em toda a cidade. Então, existe um plano cicloviário no papel, mas na prática não tem. Temos três subprefeituras que não tem ciclofaixa, que é Guainases, se não me engano Cidade Tiradentes e Perus, todas estão na periferia. Realmente, está se discutindo muito com os movimentos de cicloativistas como a Ciclocidade, os Bikes Zona Leste, Zona Sul, Zona Oeste, Zona Norte e outros coletivos com massa crítica, toda essa galera. Então, a gente pode se dizer se tem, é em bairros privilegiados que são pessoas, que tem metrô e ônibus, tudo mais próximo, mas pra região, nas bordas, não tem.”

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