Charlie Kirk é assassinado durante evento público em universidade de Utah

Aliado de Trump e defensor do porte de armas morre após ser alvejado, em universidade nos EUA
por
Manuela Schenk Scussiato
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11/09/2025 - 12h

Nesta quarta-feira (10), o influenciador de extrema-direita e aliado do presidente republicano Donald Trump Charlie Kirk, foi baleado por um atirador escondido no telhado da Universidade de Utah Valley. Kirk começava a turnê de seu famoso debate “Prove me Wrong”. Ele tinha 31 anos e quase 8 milhões de seguidores nas redes sociais e era considerado uma das maiores vozes do movimento MAGA (Make America Great Again ou Torne a América Grande de Novo), projeto de poder do atual presidente do país. Charlie deixa uma esposa e dois filhos.

Charlie Kirk ao lado do presidente Trump Foto: Josh Edelson/AFP
Charlie Kirk ao lado do presidente Trump
Foto: Josh Edelson/AFP

Sua morte foi confirmada por Donald Trump na rede social Truth Social. “O grande e até lendário Charlie Kirk, está morto. Ninguém entendeu ou teve o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim, e agora não está mais entre nós. Melania e eu enviamos nossas condolências à sua bela esposa Erika e à família. Charlie, nós te amamos!”, escreveu o presidente.

Além de influenciador, Kirk fundou a Turning Point Faith, um braço político que tem como objetivo mobilizar comunidades religiosas em questões conservadoras. Ele também escreveu livros sobre a doutrina MAGA e a "banalização do ensino superior".

O ativista de extrema-direita ficou famoso por seus debates com microfone aberto que reuniam milhares de pessoas, apoiadores ou pessoas que queriam participar. Esses encontros foram chave para o crescimento da popularidade de Trump entre os jovens, durante a corrida eleitoral do ano passado. Seus shows Prove me Wrong e The Charlie Kirk Show foram palco de muitas falas consideradas racistas, homofóbicas, misóginas, xenofóbicas ou polêmicas, como quando ele comparou o aborto ao holocausto.

 

Charlie Kirk durante um de seus famosos debates, o Prove me Wrong  Foto: Jackson Stanley/The Battalion
Charlie Kirk durante um de seus famosos debates, o Prove me Wrong 
Foto: Jackson Stanley/The Battalion

Acima de tudo, Kirk defendia a proteção das leis pró-armamento e, durante um de seus debates, chegou a dizer que algumas mortes de inocentes por ano são um bom preço a se pagar para garantir a liberdade do porte de arma no país. Ironicamente, sua morte o tornou mais uma das vítimas diárias da crescente violência armada nos EUA. Sua luta contra o controle armamentista no país faz coro com um poderoso lobby responsável pelos atuais 98 casos de incidentes com armas de fogo em escolas dos Estados Unidos - que já tiraram a vida de 31 pessoas, segundo o Everytown Research and Policy.