A Seleção Brasileira encerrou seu calendário de 2025, na França, com um resultado que deixa mais dúvidas do que certezas: empate em 1 a 1 com a Seleção da Tunísia, no estádio em Lille, em amistoso que tinha perspectiva de servir como trampolim para a preparação da Copa do Mundo de 2026.
Aos 22 minutos do primeiro tempo, a Tunísia abriu o marcador com um contragolpe rápido, aproveitando falha de domínio de Wesley pelo Brasil e finalização de Hazem Mastouri para fazer 1 a 0. Pouco antes do intervalo, aos 43 minutos, a Seleção reagiu: pênalti assinalado após mão na bola de Bronn e convertido por Estêvão, colocando o placar em 1 a 1.

Na segunda etapa, o Brasil buscou mais intensidade ofensiva e teve abertura para vencer. Contudo, desperdiçou a chance em nova cobrança de pênalti, desta vez batida por Lucas Paquetá, que mandou por cima. Apesar de dominar a posse de bola e o volume de finalizações, foram poucos os arremates efetivos no alvo para superar o adversário.
A partida mostrou caminhos promissores, como a persistência ofensiva e a mudança de ritmo na etapa final, mas também expôs fragilidades preocupantes. A Tunísia, recuada e organizada, neutralizou boa parte da criatividade brasileira, obrigando o time a forçar jogadas externas ou finalizações de longa distância. Além disso, a Seleção segue sem mostrar um “camisa 9” definido, com critério e precisão na hora de atacar posições centrais.
Para Ancelotti, o resultado levanta duas grandes questões. Primeiro, a definição do elenco titular e das peças em cada setor. Segundo, a transição entre bons jogos e atuações abaixo do esperado. Após vitória convincente por 2 a 0 diante da seleção de Senegal no sábado, dia 15, esperava-se evolução, mas o desempenho contra a Tunísia ficou aquém da projeção.
Resta à Seleção, agora, as janelas de amistosos de março de 2026 como última chance de ajustes antes do Mundial. A tarefa será transformar o domínio de posse e volume ofensivo em gols concretos, com menos falhas individuais e mais objetividade diante de defesas bem postas. O empate em Lille serviu como um alerta: ter grandes nomes não basta, é preciso consistência, precisão e “matar” os jogos.