Nessa quinta-feira (27), Brasil voltou às quadras para uma vaga para a semifinal da Liga das Nações. Seu adversário era a forte Polônia, que tinha à disposição o time completo – com a presença de seu principal jogador, o ponteiro Wilfred León -, diferente do que aconteceu na fase classificatória. A seleção brasileira perdeu de 3 sets a 1, com parciais de 25/18, 23/25, 22/25 e 16/25. Essa partida rendeu a pior participação da seleção nesse campeonato, que terminou em 7º lugar geral.
O time titular inicial foi Cachopa (levantador), Darlan (oposto), Lucarelli e Leal (ponteiros), Flávio e Lucão (centrais) e Thales (líbero). O técnico Bernardinho utilizou os reservas de maneira pontual, com a entrada apenas de Bruninho (levantador), Alan (oposto), na inversão do 5x1, Isac (central), que entrou no lugar de Lucão, no final do jogo, e Maurício Borges, que entrou no lugar de Leal, no final do terceiro set, quando o titular sentiu desconforto na panturrilha. De maneira geral, foi uma partida muito abaixo da seleção, que, após o primeiro set, apresentou uma atitude apática e, com a falta de mudanças no time, entregou o jogo.
A equipe brasileira começou o jogo bem. Mesmo com um saque polonês forçado, que fragilizou a linha de passe do Brasil, os atacantes conseguiram viras as bolas e pontuar. A seleção sul-americana teve um serviço efetivo, com poucos erros e 2 pontos de saque, e contra-ataques que funcionaram na maioria das vezes. Essa combinação fez com que os brasileiros abrissem uma boa vantagem no placar, e sustentassem até o final do set.
O levantador brasileiro, Cachopa, foi destaque, com suas decisões inteligentes e boa distribuição, que colocou todos os atacantes no jogo. O maior pontuador do 1º set foi Leal, com 7 pontos.
A partir da 2ª parcial, o Brasil desandou. O time cometeu muitos erros de saque e ataque, e foi desestabilizado pela agressividade da Polônia. Tinha alguns momentos que a seleção brasileira conseguia reagir, mas logo começavam a cometer erros não forçados. Todas as vantagens que conseguiam construir eram perdidas, por causa de decisões irracionais. Parecia que os brasileiros não eram capazes de jogar atrás no placar, porque a cada vez que isso acontecia, era um retrocesso imenso e apatia pura dos jogadores. Os únicos que estavam bem eram Darlan e Leal.
Do 2º set até o final do jogo foi um sofrimento para o torcedor. Quando parecia que os brasileiros haviam voltado para o jogo, era uma sequência de erros horrorosos.
— QG (@midiasdoqg) June 27, 2024
De quebra, o técnico Bernardinho não promoveu nenhuma mudança no time. Talvez poderia apostar nas novas promessas do Brasil, como Lukas Bergmann – ponteiro que jogou com excelência contra a Alemanha, na fase classificatória – e Adriano – outro ponteiro que foi muito bem na fase classificatória-, para mudar o rumo da partida, ao perceber que o sexteto titular não estava funcionando. Mas decidiu naufragar com sua formação inicial. Que isso seja revisto para as Olimpíadas.