Brasil conquista sua quarta vitória na Liga das Nações

Após um jogo espetacular contra Alemanha, a seleção supera o Irã
por
Giovanna Takamatsu
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18/06/2024 - 12h

Na madrugada da última quinta-feira (06), o Brasil voltou à quadra para disputar seu segundo jogo, válido pela segunda semana da Liga das Nações. Dessa vez seu adversário foi o Irã, uma seleção traiçoeira, que sabe aproveitar os momentos de instabilidade dos rivais. O jogo terminou em 3 sets a 1 para o Brasil, com parciais de 25/19, 22/25, 25/16 e 25/23.   

O time titular inicial foi Cachopa (levantador), Alan (oposto), Lucarelli e Leal (ponteiros), Isac e Lucão (centrais) e Thales (líbero). A novidade da semana foi a presença do levantador Brasília no lugar de Bruninho, que está com uma lesão na panturrilha esquerda. O técnico Bernardinho utilizou pontualmente a inversão do 5x1, que funcionou bem. O maior pontuador da partida foi o oposto Alan, com 20 pontos. 

Alan destaque
Alan foi o destaque do jogo, com 20 pontos. Foto: Volleyball World.

Um resquício do jogo passado

O jogo começou com equilíbrio entre as duas equipes, por causa dos diversos erros de saque de ambos os lados. A seleção brasileira conseguiu abrir o placar, a partir do 6º ponto, devido às imprecisões de ataque e serviço iranianos. 

Os jogadores brasileiros conseguiram desestabilizar o Irã a partir de um fundamento que estava fraco na primeira semana de Liga das Nações: o saque. Desde o jogo contra a Alemanha, foi perceptível a evolução que esse fundamento teve. Em nenhuma partida da primeira etapa, no Rio de Janeiro, esse princípio foi tão efetivo como nesses dois primeiros jogos da segunda semana. 

O destaque foi o central Lucão, que sempre teve um saque forte, mas ultimamente estava impreciso, com baixo aproveitamento. Entretanto, nessa segunda etapa, ele conseguiu encaixar o serviço novamente e, a cada passagem sua pelo saque, o Brasil conseguia abrir o placar. 

A seleção brasileira fez um set adequado, com decisões inteligentes e boas defesas. O único fundamento que pecaram foi o bloqueio. Não conseguiram ler os ataques iranianos e se posicionar corretamente, assim não marcaram nenhum ponto.

O maior pontuador dessa parcial foi Isac, com 4 pontos.

linha de passe iraniana
Linha de passe iraniana, que foi instável durante o jogo. Foto: Volleyball World

Quem arrisca, petisca   

O segundo set começou diferente. A seleção iraniana entrou em quadra com outro espírito. Eles começaram a arriscar no saque e no ataque. Chegaram a abrir 4 pontos no início da parcial, e sustentaram essa diferença até o final. 

Os jogadores brasileiros sentiram a pressão. Erros sucessivos de passe, leitura equivocada do bloqueio – o que permitiu que o principal jogador iraniano, Amin, brilhasse –, caída da efetividade do saque e até erro de posicionamento propiciaram um começo de set muito abaixo do Brasil. 

O único momento que a seleção brasileira conseguiu alcançar seu rival foi no período de instabilidade iraniana. O Irã começou a errar bastante no meio do set, o que permitiu um desafogo brasileiro, e até alguns pontos de bloqueio. A inversão de 5x1, especialmente com a entrada do oposto Darlan, ajudou a melhorar a parcial. Mas nada impediu a vitória iraniana. O set acabou em 25/22 para o Irã. 

inversão
Brasília (esq) e Darlan (dir) entraram na inversão do 5x1 e energizaram o time. Foto: Volleyball World.

Irã erra e entrega o jogo

A vitória brasileira foi no detalhe. Após o terceiro set, no qual a seleção iraniana errou demais em quase todos os fundamentos e perdeu por 25 a 16, o quarto e último set foi praticamente entregue para o Brasil.  

O time brasileiro não jogou no nível esperado. Eles erraram muitos ataques, enfrentaram o bloqueio iraniano – que estava bem -, e não conseguiram defender nem bloquear, em contraste com o terceiro set. A sorte do Brasil foi que o Irã estava impreciso, especialmente no ataque e saque, e desperdiçaram muitas chances de pontuar. 

Esse excesso de equívocos iranianos propiciou uma vitória brasileira. O final do jogo foi decidido mais por demérito do Irã, do que mérito do Brasil, com a última parcial sendo de 25 a 23 para os brasileiros.