Dois dias após a seleção brasileira feminina de ginástica artística conquistar sua participação por equipe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e também uma vaga na final por equipes femininas, o país alcançou mais um feito. Na quarta-feira, 04 de outubro, o time voltou a fazer história, ao obter uma inédita medalha. Esse feito foi alcançado ao garantirem o segundo lugar na final por time feminino do Campeonato Mundial de 2023, realizado em Antuérpia, Bélgica.
A equipe titular, formada por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Júlia Soares, Flavia Saraiva e Lorrane Oliveira, obteve um total de 165.530 pontos durante as rotações nos quatro aparelhos, que incluem barras assimétricas, trave, solo e salto. Esse resultado, rendeu à equipe a conquista da inédita medalha de prata na ginástica artística feminina. Os Estados Unidos, liderados por Simone Biles, confirmou seu favoritismo ao levar a medalha de ouro, enquanto a França ficou com a medalha de bronze.
Na fase classificatória, a equipe brasileira terminou em quarto lugar com 164.297 pontos, com destaque para a atuação das atletas no solo e no salto. Além de garantir a vaga para a final, o Brasil conquistou uma cota olímpica por equipes para o país. Esse resultado ultrapassa as duas melhores colocações do país em Campeonatos Mundiais, superando a quarta posição no Mundial de 2022 e a quinta colocação no Mundial de 2007.
Nas finais, a equipe brasileira começou sua primeira rotação nas barras assimétricas, com Lorrane Oliveira, seguida por Flávia Saraiva e Rebeca Andrade. Todas as três ginastas brasileiras melhoraram suas notas em relação à fase classificatória, somando um total de 41.299 pontos. Na sequência, houve uma mudança nas ginastas, e Júlia Soares abriu para a equipe no aparelho trave, mas teve um desequilíbrio e queda, resultando em uma nota de 12.200. Em seguida, Flávia Saraiva obteve 14.066, aumentando sua nota em seis décimos em comparação com a fase anterior, enquanto Rebeca conseguiu 13.133. Após as duas séries, a equipe brasileira acumulou 80.698 pontos e estava na sexta posição, com os Estados Unidos já liderando com 86.231 pontos.
Nas duas últimas rotações, as brasileiras se destacaram nos dois melhores aparelhos do Brasil, colocando-se na disputa por medalhas. No solo, o aparelho mais vitorioso do país, Júlia Soares iniciou a terceira rotação com uma nota de 13.600, seguida por Rebeca Andrade, que obteve 14.666 com sua nova apresentação, e Flávia Saraiva alcançou 13.900. Essa configuração de resultados deixou o Brasil na quarta posição, com uma diferença de apenas 0.134 em relação à França.
No último aparelho, o salto, Jade Barbosa foi a primeira a se apresentar e conquistou 13.933 pontos. Flávia foi a segunda e obteve 13.833 pontos, enquanto a atual campeã olímpica em Tóquio 2020, Rebeca, encerrou a participação brasileira com 14.900 pontos. Essas pontuações ajudaram o Brasil a ultrapassar a França e somar um total de 165.530 pontos, garantindo assim uma medalha inédita para o país.
O Brasil foi apenas o 18º país a subir em um pódio de equipes femininas em um Mundial, o sexto de fora da Europa e o primeiro da América Latina.