Arsenal faz história ao ganhar a Champions Feminina

Após 18 anos, as gunners voltam ao topo do futebol europeu
por
Guilbert Inácio
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26/05/2025 - 12h

Com gol de Stina Blackstenius, o Arsenal conquistou o título da UEFA Liga dos Campeões Feminina. O triunfo foi sobre o favorito Barcelona, no último sábado (24), no Estádio José Alvalade, em Lisboa, Portugal.

A imagem mostra a jogadota Chloe Kelly caminhando e sorrindo no campo com a medalha e a taça da Liga dos Campeões Feminina. Ao fundo estão outras jogadoras e menbros da comissão técnica do Arsenal interagindo. Mais ao fundo é possível há parte da arquibancada do estádio.
O Arsenal é o único time inglês vencedor da Champions Feminina. Foto: Reprodução/arsenal.com

O caminho até a final

O Arsenal veio dos playoffs, após eliminar o Rangers, da Escócia, o Rosenborg, da Noruega, e o Hacken, da Suécia. No grupo C, se classificou em primeiro lugar com 15 pontos. Nas quartas de final, perdeu o primeiro jogo por 2 a 0 para o Real Madrid, na Espanha, mas reverteu o placar no jogo de volta, na Inglaterra, por 3 a 0. Nas semis, enfrentou o gigante Olympique Lyonnais, maior campeão da competição com oito títulos e que esteve em sete das últimas dez finais. Em casa, as gunners perderam o jogo por 2 a 1, mas, após ótima partida na França, avançaram à final com um 4 a 1.

Já o Barcelona se classificou em primeiro no grupo D com 15 pontos. Nas quartas, vitória nos dois jogos contra o Wolfsburg: 4 a 1 na Alemanha e 6 a 1 na Espanha. Nas semis, contra o Chelsea da Inglaterra, duas vitórias por 4 a 1.

A última batalha

O time de Londres já entrou em campo com um feito histórico. As gunners foram as primeiras a chegarem à final da competição, neste formato, tendo passado pelos playoffs. Já o time catalão, pela quinta vez consecutiva na final, estava em busca do tricampeonato seguido e o tetra de sua história.

Nos minutos iniciais, o jogo estava equilibrado. Aos dez minutos, Caitlin Foord recebeu cruzamento e cabeceou para fora. Em seguida, Aitana Bonmatí respondeu. A culé, dentro da área, driblou e chutou para o gol, mas a bola desviou na zaga e sobrou para a goleira Domselaar.

A partir daí, pressão inglesa. Aos 21, Frida Maanum cruzou para dentro da área e Irene Paredes, ao tentar cortar, fez gol contra, mas o VAR sinalizou impedimento no lance. Quatro minutos depois, Maanum bateu forte de fora da área, porém, a goleira Catalina Coll mandou para escanteio.

No segundo tempo, o Barcelona foi para cima. Aos três minutos, Clàudia Pina mandou a bola no travessão, Hansen ficou com a sobra e tocou para Bonmatí, que finalizou de letra na mão da goleira. Quatro minutos depois, Ona Batlle bateu forte de fora da área, porém a bola passou ao lado da trave esquerda. 

As culés permaneciam superiores. Aos 14 minutos, Bonmatí parou novamente na goleira e Batlle, aos 17, chutou por cima do gol.

A imagem mostra a jogadora Aitana Bonmatí conduzindo a bola para a direita. Ao fundo, do lado direito, está a jogadora Maanum olhando para a jogadora do Barcelona.
Aitana Bonmatí foi eleita a melhor jogadora da competição. Foto: Eric Alonso/FC Barcelona

No sufoco, a treinadora Renee Slegers fez duas substituições no time do Arsenal: saíram Maanum e Chloe Kelly, entraram Stina Blackstenius e Bethany Mead. 

A tática deu certo. Aos 29 minutos, Mead recebeu a bola na meia-lua e deu bom passe para Blackstenius que chutou para o fundo da rede. O placar de 1 a 0 garantiu a vitória do time londrino.

A imagem mostra à esquerda a jogadora Blackstenius com a perna direita erguida após chutar a bola. No lado direito está a bola indo em direção ao gol e duas defensoras do Barcelona que não alcançaram a bola.
O time inglês impediu que o Barcelona chegasse à dez vitórias seguidas no campeonato. Foto: Reprodução/arsenal.com

Além de terem levado a taça para a Inglaterra, feito que não ocorria desde a temporada 2006-07, as gunners serão as representantes da Europa na Copa das Campeãs da FIFA, que terá sua primeira edição disputada entre os dias 28 de janeiro e 01 de fevereiro de 2026.