Apesar da crise econômica, empresas da área de transporte aumentam lucros

Empresas de prestação de serviço abertas em vias públicas não conseguem mesma performance e enfrentam falta de público
por
Leonardo Augusto Rodrigues Sexto
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24/06/2020 - 12h

Com a chegada do coronavírus no Brasil, muitos estabelecimentos e empresas tiveram que diminuir sua jornada de trabalho ou se adaptar a nossa nova realidade. Ao contrário da tendência de redução de serviços durante a pandemia, algumas empresas estão trabalhando além do normal. É esse o caso da Brucai Transportes e Armazenagem, uma transportadora que fica situada em Osasco na grande São Paulo.

 

José Roberto Sexto, 54 anos, proprietário da transportadora, diz que o trabalho só aumentou depois da pandemia. “O serviço não parou, na verdade só aumentou. As empresas concorrentes deram uma pausa e os nossos clientes não, então o lucro só aumentou.”

 

Por causa da contaminação fácil do coronavírus e das determinações pelo confinamento, muitas das empresas têm mantido funcionários em casa. Na Brucai não foi diferente: “Tivemos que afastar nove motorista por terem mais de sessenta anos e estarem no grupo de risco.” Com a alta demanda de trabalho a empresa precisou repor esses motoristas para dar conta do serviço, “Tivemos que contratar novos caminheiros para repor os funcionários de risco”.

 

A empresa também adotou o home office, menos na expedição, local onde são emitidas as notas fiscais para os motoristas. Mesmo com essa parte ainda funcionando, Sexto teve que tomar os devidos cuidados. “Muitos funcionários da expedição não puderem parar, então achamos melhor nos prevenirmos com álcool em gel e máscaras”.

 

Com os motoristas o cuidado tem que ser redobrado pois eles têm muito contato com diversas pessoas. “Nós aconselhamos os motoristas a não desceram do caminhão quando forem descarregar em outras empresas”. Dentro da transportadora o cuidado tem que ser alto para ninguém ser contaminado, “Quando forem pegar as notas fiscais, eles devem ficar a uma certa distância e claro sempre usar a máscara”.

 

José Roberto Sexto, o proprietário da Brucai Logística, transportes, armazém e distribuição.

 

 

 

 

Já os empresários de lojas ou estabelecimentos de comércios estão passando algumas dificuldades com a  pandemia instalada no Brasil. Muitos conseguiram se adptar e fazer serviços com as portas abaixadas para manter o trabalho normalmente e ganhar o seu lucro mensalmente. Paulo Henrique Frederick de quarenta e seis anos é o proprietário da Suyotec Eletrônica e informática, uma assistência técnica localizada na Água Branca em São Paulo.

 

Em relação ao serviço Frederick diz que tem pouca demanda de serviço mas não teve que ficar com a loja fechada. “No começo nós trabalhamos com as portas abaixadas, mas não durou muito tempo, pois logo a prefeitura emitiu o diário oficial falando que assistências técnicas poderiam ficar abertas.”

 

Mesmo com as portas abertas as lojas de bairro deveram tomar diversos cuidados para os trabalhadores não serem infectados com o corona vírus. Para não contaminar clientes, o empresário explica que “colocamos um balcão na porta para impedir que as pessoas entrassem e álcool em gel também, assim nós pegamos o produto com o cliente e depois enviamos a ficha e orçamento por WhatsApp”.

 

Dentro da loja ele diz que tem que tomar todos os cuidados e higienizar os equipamentos, “quando pegamos um produto sempre higienizamos ele e ficamos de máscara o tempo todo para evitar a contaminação”.

 

Mesmo com a porta aberta muitos comerciantes estão com muita dificuldades em ganhar dinheiro, pois o serviço diminuiu muito e automaticamente o ganho diminui também, Frederick falou que a demanda do serviço está baixa e o lucro também.

 

 

 

 

 

 

 
 


Paulo Henrique Frederick, proprietário da assistência técnica Suyotec Eletrônica e informática.

 

 

Agora com essa nossa nova realidade, os empresários entrevistos tiveram que se adaptar para não deixar o serviço cair e terem que infelizmente, fechar as portas de suas empresas ou estabelecimentos.