São inegáveis a importância das músicas e a força com o público da banda Charlie Brown Jr no final dos anos 90 e nos anos 2000. A banda e os fãs, porém, acabaram sofrendo duros golpes. O vocalista e líder, Chorão, morreu no ano de 2013, vitima de uma overdose, e pouco tempo depois o baixista e braço direito de Chorão, Champignon, cometeu suicídio, dando fim a banda.
O filho de chorão Alexandre Abrão sempre tentou deixar o legado vivo da banda do Pai, foi essa tentativa que o aproximou de João Carvalho, ilustrador que ajuda Alexandre em projetos para manter a banda viva.
“Eu me sinto muito honrado de fazer parte da celebração da historia da banda, onde os fãs podem ter o contato e manter viva a história deles”, comenta João.
João conheceu Alexandre em 2015 participando de um evento juntos, hoje são grandes amigos. João desenvolve posters especiais para manter a historia da banda viva, mas ele sempre teve uma relação de carinho com a banda “Descobri com muitos da minha geração dos anos 2000 através da malhação, de ligar o rádio e estar sempre tocando as musicas deles, então o Charlie Brown Jr sempre esteve muito presente na minha vida”.
Com a chegada do documentário Marginal Alado, do diretor Felipe Novaes, que conta não só as histórias da banda mas do vocalista que era a alma da banda, Charlie Brown Jr foi para os Trend Topics e suas músicas foram as mais ouvidas por semanas no Spotify Brasil. Muitos fãs ficaram felizes com o documentário, como Camila Perdigão( 26) que falou um pouco da experiência dela com a banda e com o documentário.
“Acredito que tenha perdido um pouco força porque o Chorão era muito a cara e a representação da banda. Mas ainda tem muito jovem que cresceu ouvindo a banda, tipo o povo que nasceu nos anos 2000, por exemplo e aí depois quem nasceu antes e passou mais tempo ouvindo CBJR vai passar pros seus, sejam irmãos e irmãs mais novos ou agora filhos.”
Sobre sua identificação com a banda comentou que se sente ligada à banda por ser de sua cidade natal: “Me identifico pelo fato da banda ser de Santos, minha cidade então é a casa sobre o que é cantado”.
Camila também deu suas impressões sobre o filme: “documentário bom que mostra toda a trajetória da banda e principalmente do chorão. Nos mostra as intimidades, brigas, bastidores da banda e do vocalista e infelizmente nos mostra também o declínio em relação ao consumo de droga. Em diversos momentos do documentário o corpo chegava a arrepiar e bater uma emoção.”
Charlie Brown Jr permanece com o legado vivo entre diversas gerações e o documentário Marginal Alado abre portas para novas gerações conhecerem a banda e se conectarem com o legado dela, que dessa forma permanecerá sempre vivo.