No último final de semana, aconteceu o Grande Prêmio da Áustria, conhecido pela predominância da torcida laranja de Max Verstappen, mas também por ser a casa da sua equipe, a Red Bull.
O holandês fez a pole no classificatório da sexta-feira, que era válida para a corrida do domingo. Charles Leclerc (Ferrari) completou a primeira fila e seu companheiro de equipe Carlos Sainz foi o terceiro mais rápido.
SÁBADO É DIA DE SPRINT
No começo do dia, no Shootout, o treino qualificatório para a corrida rápida no sábado, Verstappen foi o mais rápido novamente, seguido por seu companheiro de equipe, Sérgio Pérez – essa dupla se manteve nas duas primeiras colocações durante a corrida Sprint, que aconteceu em seguida, garantindo oito e sete pontos, respectivamente. Mesmo com uma disputa na primeira volta, o holandês ganhou com 21 segundos de vantagem, em uma prova de apenas 24 voltas
A surpresa no classificatório ficou por conta de Nico Hülkenberg (Haas), que fez o quarto tempo mais rápido, mas terminou a corrida em sexto. Além dele, também pontuaram Carlos Sainz (Ferrari), – que ficou com a terceira colocação – Lance Stroll e Fernando Alonso, da Aston Martin, Esteban Ocon (Alpine) e George Russell (Mercedes).
DOMINGO AUSTRIACO: PARTE UM
Tal qual um cliché, Max Verstappen garantiu mais uma vitória e consequentemente um ponto alto em seu currículo: o piloto se tornou o quinto maior vencedor da história da Fórmula 1. Além deste marco, o holandês também conquistou o posto de piloto com mais triunfos no GP da Áustria após seu quarto troféu.
Seu primeiro lugar foi conquistado após uma tênue disputa logo no início da corrida com Charles Leclerc, da Ferrari, que apesar de derrotado facilmente por Verstappen, se manteve firme na segunda posição e subiu ao pódio pela segunda vez em 2023.
O domingo também foi satisfatório para o outro piloto da Red Bull, Sergio Pérez, que após uma não tão boa classificação na sexta (30), pulou 12 posições, da 15º para a 3ª colocação. Já para Mercedes, o fim de semana não proporcionou bons resultados: Lewis Hamilton protagonizou junto do chefe de equipe, Toto Wolff, um desentendimento por rádio. Ao reclamar das punições que estava prestes a receber sobre ultrapassar os limites da pista e sobre as condições do carro, o piloto inglês foi interrompido pelo chefe da equipe: “Lewis, o carro está ruim, nós sabemos. Por favor, pilote!”. O acontecimento só serviu para trazer mais especulações sobre a longa novela de renovação do contrato de Hamilton com a equipe. Momento depois, Toto afirmou à imprensa que o episódio não teria sido nada demais e não interferia nas negociações. A Mercedes não terminou o fim de semana bem colocada: George Russell cruzou a linha de chegada em 7º, seguido por Lewis Hamilton em 8º.
Vale destacar o bom desempenho de Lando Norris neste fim de semana. Depois de melhorias no seu carro, MCL60, para o GP da Áustria, o piloto britânico terminou a corrida na 5ª posição em contraste com o atual ritmo de corrida da McLaren, que teve como melhor posição no ano o 6º lugar no GP da Austrália.
DOMINGO AUSTRIACO: PARTE DOIS
Após inúmeras punições tardias, o GP da Áustria só teve seu final realmente concretizado horas depois da cerimônia de encerramento. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) puniu 8 pilotos do grid, depois de longas investigações de ultrapassagens dos limites da pista. Os principais prejudicados foram Carlos Sainz, Lewis Hamilton e Pierre Gasly, todos com 10s, acrescentados aos seus tempos. Mas o que mais chocou foi a punição de 30s para Esteban Ocon, da Alpine. O pódio foi mantido.
A ação da FIA trouxe revolta nas redes sociais. Muitos questionaram quais parâmetros a entidade – que deveria zelar pelo esporte ao invés de expô-lo ao ridículo - utilizou para penalizar os pilotos.
Os pilotos voltam ao grid no próximo final de semana, para o tradicional circuito de Silverstone, na Inglaterra – sede da maior parte das equipes e país natal de alguns pilotos.