AGEMT na Pista: Destaques do primeiro semestre de 2025

Dança das cadeiras, dominância da Mclaren e nova casa na televisão brasileira: como foi a primeira metade da temporada na F1
por
Maria Clara Palmeira
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25/08/2025 - 12h

Depois de quatro semanas de pausa, a Fórmula 1 está de volta para o restante da temporada. Entre estreias, promoções e demissões, a primeira parte de 2025 entrou para a história da categoria como uma das mais movimentadas dos últimos tempos. A primeira grande mudança aconteceu antes mesmo do início, ainda na pré-temporada, quando o piloto britânico Lewis Hamilton deixou a Mercedes após 12 anos e se juntou à Ferrari, em dupla com o monegasco Charles Leclerc. A vaga na Mercedes foi preenchida pelo italiano Kimi Antonelli, de apenas 18 anos.

Na Williams o assento foi ocupado pelo ex-Ferrari, Carlos Sainz, enquanto a Haas apostou no rookie Ollie Bearman e em Esteban Ocon. A Sauber surpreendeu ao trazer Nico Hülkenberg e Gabriel Bortoleto, o primeiro brasileiro do grid após oito anos. Na Red Bull, a dupla inicial foi formada por Max Verstappen e Liam Lawson, mas a mudança não demorou, já que após duas corridas sem pontuar, Lawson foi realocado à Racing Bulls e deu lugar à Yuki Tsunoda no time principal. Já na Alpine, a aposta também durou pouco, o australiano Jack Doohan foi substituído pelo argentino Franco Colapinto.

Os bastidores também não ficaram atrás das agitações, após meses de especulações e desgaste na relação com Verstappen, o chefe de equipe Christian Horner foi oficialmente demitido em agosto, após quase duas décadas no comando da Red Bull. A saída de Horner ganhou contornos após o envolvimento em uma denúncia de assédio feita por uma funcionária da escuderia, provocando uma investigação interna. O cargo passou para o francês Laurent Mekies, antes na Racing Bulls.

Anúncio da saída de Horner e da contratação de Mekies. Reprodução: Instagram/@f1
Anúncio da saída de Horner e da contratação de Mekies. Reprodução: Instagram/@f1

Outra saída foi a de Adrian Newey, engenheiro e projetista que deixou a Red Bull antes do início da temporada para assinar com a Aston Martin. Sua transferência foi considerada uma das movimentações mais significativas do paddock nos últimos anos.
No Brasil, a F1 mudou de casa. Após três temporadas sendo transmitida pela Band, a categoria voltará para a TV Globo, que reassumiu os direitos de exibição. 

Dentro da pista, a dupla papaya ditou o ritmo, com Oscar Piastri e Lando Norris brigando ponto a ponto pela liderança do campeonato. O australiano começa a segunda parte da temporada na frente, com apenas nove pontos de vantagem para o britânico. Na disputa das equipes, McLaren é a líder, com mais que o dobro de pontos que a segunda colocada, a Ferrari — são 559 pontos, contra 260. A montadora italiana ainda busca se consolidar com Hamilton, e a Mercedes, atualmente na terceira colocação, passa por uma fase de adaptação, com Antonelli prometendo um grande retorno após as férias. 

O retorno da F1 acontece no próximo final de semana, na 15ª etapa da temporada, com o Grande Prêmio da Holanda, no Circuito de Zandvoort.