Afogamentos crescem nas férias

44% dos casos de morte no verão são no mar e eu estive perto de fazer parte dessa estatística
por
Leonardo Cavazana Nunez
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19/11/2020 - 12h

  No Brasil uma das principais causas de morte acidental são os afogamentos seja no mar ou entre outros locais. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquáticos (Sobrasa), 44% das mortes são no verão, apenas no de 2019, em média foram 11 mortes por dia no Brasil. Ainda segundo a sobrasa crianças acima de 10 anos são as mais atingidas e houve um aumento entre os jovens de 15 a 19 anos, chegando aos 18%. 

  As principais causas de afogamento são dificuldade de nadar, o uso de álcool, as pessoas ultrapassar o limite como no mar por saber nadar, assim muitas pessoas morrem diariamente no Brasil. 

  Agora vou contar minha história onde eu quase entrei para essa estática mostrando como e importante seguir as recomendações pois se afogar e muito fácil. 

Imagem ilustrativa, fonte: https://www.temporadalivre.com/blog/o-que-ver-e-fazer-em-bertioga-sp 

 

  "Foi um dos piores dias da minha vida concerteza , nunca pensei que ia passa por uma situação desse tipo’’, desabafa Carla Cavazana Nunez, 43, minha mãe, sobre um ocorrido em uma pequena praia localizada em Bertioga na baixada santista, onde eu e meu primo quase nos afogamos no mar. 

  Tudo começou no final de 2011, era um final de ano comum como todos os outros, toda minha família reunida na praia para comemorar a virada, apesar de tudo igual uma coisa mudou meus pais, decidiram nós levarmos para uma praia pequena que era mais deserta. 

   Chegando na praia deserta, junto comigo e meu primo chamado Vinicius Castello Nunez, 18, e meu melhor amigo Caio Hideaki Yoshida, 18, começamos a brincar na areia enquanto meus pais olhava, lembro de uma hora minha mãe falar que daqui pouco entraríamos no mar, ela conta que eu estava impaciente, querendo entrar logo “Você não parava de me cutucar pedindo para entrar no mar”. 

  Então chegou o momento que entramos no mar eu e meu primo, Yoshida não entrou porque tinha medo, ficou do lado de fora com minha mãe, enquanto junto com meu pai chamado Fabio, 45, ficamos no raso brincando e se divertindo, então de repente nos afastamos do meu pai e comecemos a ir pro fundo. Até que um determinando momento uma espécie de redemoinho se formou, fazendo com que eu e o vini como meu primo é conhecido começou a se afogar. Com isso meu pai começou a nadar desesperado para nós pegar com uma força que não acreditamos, colocou eu e meu primo um em cada braço, e nadou até o raso. 

  Enquanto isso ocorria, minha mãe gritava desesperada atrás do salva-vidas que no momento estava almoçando, minha mãe chorando conta que ela pensava que íamos morrer.  “Eu não parava de chorar estava desesperada, para piorar o salva-vidas não estava, ainda completa que a praia estava vazia então não tinha ninguém para ajudar. 

  “Só fiquei alivida quando eu vi seu pai saindo do mar com vocês dois, foi uma mistura de alívio, com um choque com que tinha acabado de acontecer”, isso e tudo que eu lembro do dia, minha mãe termina falando. 

 Ainda Yoshida conta que não lembra muito, ele conta que apagou da memória grande parte desse fatídico dia. “Não lembro de muita coisa, e nem quero lembrar, pensava que ia perder meus melhores amigos, foi um dos piores dias, só lembro de querer ligar pra minha mãe fala o que aconteceu”. 

 Meu primo não fala sobre essa história até hoje, enquanto meu pai revela que não sabe onde tirou tanta força. “Foi uma coisa natural só pensei em salvar vocês e graças a deus deu tudo certo fico muito feliz em ter tido força naquele momento “. 

 Depois disso fiquei muito tempo sem entrar no mar, um trauma que muitas pessoas também passam. Única coisa que lembro desse dia e meu pai sendo um herói salvando nossa vida, uma história que devia virar um livro de como meu pai salvou nossa vida, só não rica de muitos detalhes pois todos naquele dia quis esquecer esse acontecimento.  

 

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